Quem sou eu

Blog criado por uma carateca, tecnica em informatica, estudante, amiga, irmã, filha e etc, que ainda arranja tempo pra escrever e correr atrás do que quer.

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Estrada de terra

Pois é, eu também não sabia, Cardeal tem até Centro Esportivo, isso é que é crescimento populacional, crescimento urbano. Para quem não conhece, Cardeal é uma pequena cidade (ou um bairro ainda não tenho certeza...), que fica próximo à Indaiatuba.

Sábado passado fui passear com uma amiga, estávamos andando de carro pela cidade, sem destino programado, apenas apreciando a natureza indaiatubana. O melhor de se ter carta de motorista é que agora já posso dirigir e foi o que aconteceu, dirigi.

Muitas pessoas assim que acabarem de ler o parágrafo anterior pensarão: que perigo, mulher no volante (ainda mais sendo eu...), mas cá entre nós, da mesma forma que existem mulheres que fazem barbaridades no trânsito, existem homens também, o sexo do individuo não influencia sua capacidade de atenção, compreensão do que se passa ao redor, nem de segurança, mas se você acha que influencia e que mulheres realmente não sabem dirigir tão “bem” quanto homem, me diga. Por que o valor de seguros automotivos é mais barato para nós?... Pois é, melhor não discutir...

Voltando à aventura.

Acabamos chegando na estrada que vai sentido Monte Mor, rua vai, rua vem (inclusive estradinhas de terra, que beiram lagos, gados e outras coisas tipicamente interioranas) nos deparamos com uma placa: Cardeal.

O lugar é basicamente uma rua principal e pequenas ruazinhas que a rodeiam, massssss estava lá bem no alto uma placa sinalizando “Centro Esportivo”.

Minha amiga intrigada com a possibilidade de haver espaço ou não para um centro esportivo naquele local começou a rir, imaginem se eu ri também...

Fomos até lá, coisa nada difícil, bastou virar a primeira rua e seguir até seu fim, nem dois minutos e já estávamos, da entrada da “cidade”, ao Centro esportivo.

E para nossa surpresa, a estrutura que eles têm é boa, é um bom local, uma construção legal.

Vou sugerir pro pessoal do caratê que façamos um festivalzinho por lá ou até um campeonato, quem sabe...

Varias risadas depois pegamos novamente a estrada sentido Indaiatuba, uma das coisas que eu acho excelente nessas estradinhas é a paisagem que as rodeiam.

A riqueza que a natureza possui é impressionante, simplesmente lindo.

Chegando em Indaiatuba ainda tive tempo para ver o cemitério que fizeram na minha rua, é uma longa história, mas em resumo: é um pequeno jardim que alguém (não posso citar nomes, não estou disposta a ser processada por difamação...) montou. O que é exatamente? Algumas flores dentro de um retângulo cheio de terra, ou areia, envolto por tabuas de madeira, que mais parecem um túmulo com flores do que qualquer outra coisa. Quem o fez teve uma boa intenção, mas sinceramente falando, ficou mais engraçado do que bonito.

Vai imaginando... a pessoa regando as flores e pensando: “que bonitinho meu jardim...”

O resumo...

Meu sábado foi excelente fiz varias coisas que adoro: dirigi, conversei e o principal dei muitas risadas.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

sábado, 13 de outubro de 2007

Razão?

Esse texto escrevi num dia dificil!! Gosto dele, acho que o resultado foi o espelho do que senti!

Razões?

Por mais estranho que possa parecer acredito que para tudo na vida exista uma razão, acredito que tudo tem algum motivo para acontecer, mas por não conhecer o motivo de algumas coisas, às vezes duvido, as vezes me questiono se realmente exista a razão.

Não estou com vontade de narrar nada, não estou com vontade de contar alguma coisa, alguma situação por qual já tenha passado, não estou com vontade de escrever de forma irônica, como faço algumas vezes, nem de forma cômica, como faço nas outras.

Apenas palavras, sem contexto. O começo? Duvidas.

Talves seja essa a palavra que terá destaque nesse texto: duvidas. Por quê temos que duvidar? Por quê a vida não é simples? É uma teia, tudo conectado de alguma forma.

Por noites vou me deitar pensando se realmente sei quem sou. O sono é mais forte.

Caso acorde no meio da noite, perdida, triste, normalmente tenho motivos, infelizmente não interessam para ninguém, isso posso afirmar, as pessoas não se preocupam muito umas com as outras quando não estão se divertindo, felizes. Mas mesmo assim me perco em meus próprios pensamentos.

Já quis que algo acontecesse e aconteceu, mas a porcentagem de resultado contrário é um pouco maior do que essa.

Reclamar não adianta, prefiro tomar uma postura um pouco mais digna, não mostrar ao mundo exterior o que estou pensando, o que estou sentindo, funciona. Tenho uma personalidade forte, mas seria mais fácil se eu fosse fraca como os outros.

Dependendo do que eu queira para o meu futuro a melhor solução é tornar-me uma pessoa submissa, burra, comum. Mas minha ideologia pessoal não permite e acredito que nunca permitirá, isso é bom, mas também é ruim, acho que eu sofro mais.

Ainda tenho uma vida inteira pela frente, essa é a frase clichê que todos ouvimos desde o nascer, mas a vida é agora, não sabemos se a vida pela frente existirá, ninguém tem domínio sob a morte.

Fazer o melhor e fazer agora. Eis minha frase lema, mas nesse instante o contexto acaba de nascer e me leva ao começo do texto, do qual tudo o que escrevi até agora vai se justificando. Se tenho duvidas como vou saber se estou fazendo o melhor?

Não sei o que é o melhor, não sei se devo tomar algumas atitudes ou apenas ignora-las, apenas não sei.

O que é o melhor?

O que é o agora? O ontem ou o futuro?

Todos sofremos decepções, alguns mais, outros menos. Decepções diárias. Vou falar de grandes decepções aquelas que nos fazem chegar ao melhor e ao pior de nós mesmos. Tive três grandes decepções, na verdade duas e meia, pois uma não foi tão importante quanto as outras duas e pensando melhor a segunda decepção se resolveu em pouco tempo, logo, não devo contá-la nessa pequena lista.

Sinceramente falando, tive apenas uma grande decepção. Que me faz, que me fez, ser quem sou.

Vida perfeita existe?

Não, posso responder, não existe, nada é perfeito, mas não estamos aqui falando de perfeição, apenas de uma decepção. A curiosidade prevalece, pois ninguém saberá do que se trata, apenas posso dizer que por alguns instantes, tudo o que eu construí em muito tempo, desabou em minha cabeça, me vi diante do nada, tive que me reconstruir, me recompor. Consegui, mas alguns pedaços se perderam, alguns se quebraram e nunca mais serão construídos, apenas vão sendo substituídos por outros, que cuido da melhor forma possível, mas o medo de que se quebrem novamente é grande.

Já li muitos textos narrando grandes decepções, mas ainda acho que palavras não bastam, tenho uma frase que diz exatamente o que estou pensando nesse instante: O que está para trás e diante de nós são pequenos detalhes se comparados com o que se passa dentro de nós. Frase emprestada por uma grande pessoa, que faz parte da minha vida, mesmo que eu não demonstre.

Como já dito, não consigo entender, ainda não sei quem sou, sei o que quero, mas a falta de saber quem sou, não permite saber ao certo o que quero, é uma teia, ainda estou presa nela e por aqui ficarei mais algum tempo, que ainda não sei qual será.

Você já pensou em largar tudo e começar de novo, em um novo lugar?

Eu já e será o que irei fazer, um dia “vou-me embora pra Pasárgada”, mas por enquanto tenho que ficar, não poderei partir sem recolher e reconstruir meus pedaços tenho que me recompor e assim poderei partir sem nada deixar.

Por enquanto reconstruí os pedaços mais importantes, mas ainda não testei sua resistência, não provei se estão realmente firmes, tenho medo de que eles se destruam novamente, por hora vou ficando aqui, na inércia do dia-a-dia, mas é apenas por hora, sou uma criatura facilmente mutável, em instantes poderei sumir, tanto quanto decidir não duvidar, ou apenas algumas raízes fincar.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

LENDA URBANA




Lendas urbanas existem. Hoje meu texto é sobre isso. Tenho uma em especial, eu criei e eu desvendei.

Tudo começa com um cemitério, algum vento e alguns movimentos estranhos, vou explicar melhor...

Nossa “pacata” cidade mantém dois cemitérios, popularmente conhecidos como “cemitério velho” -o mais antigo, o primeiro da cidade, e “cemitério novo” -construído recentemente, há uns quinze, ou mais, anos. Lembre-se, estamos falando aqui sobre cemitérios, por isso posso dizer que uma construção de 30 anos é uma construção nova, afinal, cemitérios são seculares.

Pois bem, quase diariamente passo em frente ao cemitério novo, por morar relativamente perto.

O cemitério é bonito, nada de túmulos, nem uma paisagem fúnebre, mais parece um jardim do que qualquer outra coisa. Sua lateral é rodeada por arbustos, que, além da cerca de arames, formam um muro vivo, ao redor do jardim.

De uns tempos pra cá, vinha percebendo que sempre que eu dobrava a esquina, rumo a minha casa os arbustos se mexiam e algo acontecia, como se eles me acompanhassem, como se o vento os empurrasse e me acompanhasse também.

Sabe quando alguma coisa acontece, mas você está tão preso na sua vida, que não consegue enxergar? Você simplesmente ignora e segue em frente.

Exatamente o que eu fazia, nunca parei para pensar o que poderia ser aquela cena.

O tempo foi passando e eu passando em frente ao cemitério, quase todos os dias.

Uma vez eu dobrei a esquina e lá vinham os arbustos atrás de mim novamente, comecei a olhar para o chão, isso mesmo, para o chão, o “pé” daquela cerca viva. Percebi que tinha alguma coisinha verde andando pelo mato. Continuei no meu caminho.

No dia seguinte, fixei meu olhar para o chão e pedalei (estava com a minha bicicleta). Quando olho e consigo enxergar o que era o tal bichinho verde, percebi que era, ou melhor, eram lagartos. Vários lagartos corriam tentando fugir quando eu, ou qualquer pessoa, passava.

Não eram espíritos que me seguiam. Não era ilusão. Não era o vento. Eram lagartos!!

O cemitério novo é povoado por lagartos, caso você passe um dia por lá, não pense que os arbustos se mexendo fazem parte de algo místico que envolve o ambiente, são apenas pequenas criaturas que habitam aquele matinho que fica envolto a cerca.

Confesso, não sou nada fã de lagartixas, tenho pavor de ver uma lagartixa perto, não gosto, não tenho medo, nem nada, mas não gosto. Quanto aos lagartos, não me chocou tanto, não gritei, não fiz nenhum tipo de escândalo, pelo contrario, achei até eles bem simpáticos.

Sempre ao passar por lá, agora, tomo duas precauções, a primeira é não me aproximar muito dos arbustos (já pensou se um desses bichos pula em cima de mim? Lagartos mordem?? --- menos Gabiii... ) e a segunda é fixar meu olhar para o chão, na tentativa de ver meus pequenos espiritosinhos me seguindo, ou fugindo de mim, esquina adentro.